sábado, 9 de fevereiro de 2008

TABAGISMO, MODELO DO MAL COMUM

TABAGISMO, MODELO DO MAL COMUM
O fumo é questão de saúde pública, entendida como o bem estar físico e mental de uma comunidade, comunhão de pessoas para um fim ou bem comum. O bem de todos traduz-se no bem de cada indivíduo, e, reciprocamente, o bem (ou o mal) praticado por um contribui para o bem (ou mal) de todos, aplicando-se aqui a Regra de Ouro: Não faças ao outro o que não gostarias que fizessem a ti.
Esta lógica de vida entre os semelhantes e suas comunidades (famílias, empresas, até entidades maiores, como o Estado), forma dialeticamente um Todo, que a filosofia e o direito denominam de Bem Comum, aquilo que deve ser protegido pelas leis do Estado. A finalidade última da atividade política é proporcionar o bem de todos os cidadãos. (V., p.ex., o art. 225 da CF, sobre proteção do meio ambiente: bem de uso comum de todos).
Milhões de pessoas morrem anualmente nos hospitais, vitimados pelo (mau) hábito de fumar. A França, país de costumes requintados, em que o hedonismo é expresso em grifes famosas de roupas, jóias, perfumes e vida social intensa, dá-nos um exemplo radical ao proibir o fumo nos ambientes fechados.
Não mais áreas para "não-fumantes": são conhecidos os casos de pessoas que passam a sofrer de doenças respiratórias, como os enfisemas, por "fumarem" passivamente na convivência de familiares ou amigos.
Ora, o cigarro causa doenças graves aos fumantes, ativos ou passivos, em nada contribuindo para o bem dos conviventes, mas o mal comum. Em boa hora autoridades brasileiras têm vetado a permanência de "fumódromos" em ambientes fechados, como restaurantes, bares, salões de festas.
Campanhas e atitudes concretas para a restrição do fumo inserem-se nesta Campanha da Fraternidade "Em Defesa da Vida". Vida com qualidade de saúde é o principal e básico dever governamental na proteção dos cidadãos. Restringir os males que atacam a saúde dos cidadãos não é restrição à liberdade de fumar, ou não, é defesa da saúde daqueles que não fumam.
Ao invés de campanhas (caríssimas!), distribuindo milhões de preservativos aos adolescentes e incentivando as práticas abortivas, o Ministério da Saúde inicia agora uma tímida campanha de prevenção às doenças do fumo. Há que se pensar em restringir o acesso ao cigarro, aumentando-lhe o preço, assim como das bebidas, para preservação da saúde popular, apesar das fortes pressões econômicas dos agricultores e indústrias do tabaco.
Quanto menor o número de doentes assistidos pelos órgãos públicos, maior a qualidade de vida das pessoas, o pleno emprego e a manutenção de famílias estáveis. A sociedade quer membros sadios e integrantes ativos em suas comunidades. Para o bem comum de todos, não para o mal comum.
FONTE: www.academus.pro.br - Boletim Informativo nº 301 - 22.02.2008.

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